Toquei o amor no toca-fitas hoje, dancei a
passos lentos uma canção que eu nunca ouvi, só porque você gargalhava ao
fundo. A barba vencida guardava dentes amarelados e consumistas, e uma
saudade matada aos poucos, quase que devagarzinho, pra
você não ter pressa de ir embora. Finalmente sinto o aperto do abraço e
do tempo fora, dissolvidos num entrelaçar de braços bruto e voraz, de
quem agradece em silêncio a sua volta pra casa. Sinto cada partícula do
meu corpo se reajustar e o meu caos interior se encaixar na tua razão
extensa e otimista sobre os dias que estão por vir. Guarda teus livros
na minha bagunça, moço, faz dos meus olhos amor inteiro e sorri, porque
quando você sorri, o mundo inteiro pode ver, a graça que eu vejo quando
você me guarda na alma.
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